M.I.A, Born Free
Diretor: Romain Gavras
M.I.A não é mais a mesma. Depois de três anos de seu último material inédito, o disco Kala de 2007, a cantora do Sri Lanka usa o primeiro single de seu terceiro álbum para se engajar. Em forma de um curta metragem, Born Free é uma analogia ao que sempre aconteceu no mundo: perseguições e guerras contra minorias, sejam elas de natureza física, ideologica, sexual ou religiosa. Ironicamente, o diretor Romain Gavras (famoso pelo trabalho com Justice) elegeu os ruivos como etnia perseguida no vídeo. Figurantes trajadados de militares americanos capturam e torturam seus reféns com uma licença visual duvidosa e sem censura de Gavras. As cenas revelam nudez, crueldade e muita violência com direito a sequências explícitas de tiro na cabeça de criança e explosão nítida de outro prisioneiro. Born Free é bem resolvido tecnicamente mas é exageradamente forte. Divulgar uma ideologia na mídia não é o mesmo de escancará-la. Você pode defender seus pontos de vista de paz e tolerância mundial sem utilizar da mesma agressividade que motiva a sua luta, M.I.A. Ah, só uma pergunta, alguém ai conseguiu ouvir a música diante de takes tão chocantes?
6 comentários:
"NÚ"
será que vão proibir? mais pro final me lembrou do voodoo people do prodigy
É um vídeo pra se ver uma vez só.
Ronan, com certeza será censurado. Não tenho nenhuma dúvida. Vão fazer uma versão 4 minutos e sem escrotices pra colocarem na TV.
Mal gosto...
Achei muito forte também, quando vi hoje pela manhã eu fiquei em estado de choque.
De qualquer forma, achei interessantíssimo =X
A música ficou boa para as cenas fortes, porém, parece mais uma trilha qualquer para uma cena forte de um bom filme. Com certeza a música fica em segundo plano, e apesar de casar bem com o vídeo, poderia ser qualquer outra. Não lembro dos videoclipes da M.I.A., mas gosto dos outros álbuns dela.
O diretor Romain Gavras, que fez o clipe “Stress” (JUSTICE) que é super violento também, conseguiu mais êxito no resultado final nesse trabalho.
De qualquer forma, achei bem interessante “Born Free”. Ser censurado, é o mínimo que deve ser feito, não tem lógica passá-lo em TV aberta em qualquer horário.
Abraço
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