segunda-feira, 30 de março de 2009

BIOPIX: Floria Sigismondi

Nome: Floria Sigismondi
Nascimento:
1965

Local:
Pescara, Itália (Naturalizada Canadense)

Site oficial:
www.floriasigismondi.com


Floria Sigismondi é a diretora número 1 do mundo quando o assunto é a mistura de trevas, surrealismo, medos e
desconforto para o telespectador. Nascida na Itália porém crescida no Canadá, Sigismondi iniciou sua carreira com fotografia de moda. Posteriormente, passou a dirigir clipes de bandas canadenses sempre com os dois pés no universo sombrio. O horror presente em sua biografia é pesado e denso com criaturas bizarras mas muito bem construídas. Os cenários são quase sempre do submundo. Locais que parecem descuidados mas que, na verdade, possuem um zelo delicadissimo com a fotografia e a iluminação. Quando os locais são aparantemente normais, Floria insere ali algo desconcertante que acaba criando a fantasia macabra. Os artistas dirigidos por Floria em seus vídeos não aparecem glamurosos. Na maior parte das vezes, os dirigidos abrem mão de estarem da maneira no qual são conhecidos para ficarem coerentes com o roteiro (o fazem muito bem, diga-se de passagem com exceção do Marylin Manson que já é daquele jeito mesmo sem estar com a Floria). Já a movimentação de câmera é bem rápida, com muitos efeitos de pós e ultra sensibilidade. A diretora também usa vários tipos de lente, pondendo ser mais de uma em alguns vídeos. Como é de sua formação profissional, Sigismondi preza pela fotografia impecável mesmo com o díficil fator de possuir sempre um exagero positivo de objetos em cena. A direção de arte, por sua vez, torna tudo muito único apesar de carregado e dark. Uma ultima caracteristica, Floria adora animais em suas narrativas sejam eles como parte do ambiente ou com grande destaque encarnando figuras monstruosas. Abaixo, algumas obras marcantes:




O clipe de Beautiful People é o primeiro grande trabalho com a direção assinada por Floria Sigismondi e talvez um dos mais desconcertantes de sua carreira. Arrisco-me a dizer que é um dos mais bem idealizados com riquesa de detalhes e cuidado em todos os requisitos de uma boa produção. Marilyn Manson já é assutador por natureza, mas o toque de Floria foi o suficiente para tornar o clipe em questão como o um dos mais aclamados do ano de seu lançamento. A atemporalidade nas obras de Sigismondi permitem a concepção de vídeos como este, divulgado há 13 anos atrás mas, com a estética totalmente contemporânea. Destaque para a direção de arte.



Outro grande feito de Flória foi o trabalho com o The White Stripes que resultou em Blue Orchid. Jack e Meg White em uma mansão abandonada cercados por cobras e cavalos brancos. Floria recria também a função e as cores de objetos e frutas. Lançado em 2005, em Blue Orchid também há atemporalidade sem resquício de nenhum elemento que denuncie uma época determinada.



No mundo pop, Floria transformou Christina Aguilera numa mulher metamórfica em Figther. A cantora se encasula transformando-se em uma mix de vespa com fada. Mais uma vez, é possível perceber o submundo de Sigismondi e suas criaturas mutantes de díficil definição. No clipe, há também frutas reiventadas e uma Aguilera totalmente diferente do que estamos acostumados. A parceria foi repetida em 2006 com Hurt.




No seu ano de estréia no mercado mundial, depois de Marylin Manson, Floria dirigiu ninguém mais que David Bowie e
sua Little Wonder. Uma obra sensacional que também resume todo o estilo da diretora. Outras boas porções de Floria Sigismondi:


Veja também:

BioPix
Michel Gondry

3 comentários:

])ê])ê Suzuki disse...

Depois de ver a "propaganda no twitter", tive que vir aqui =p
Na verdade vim por Marylin Manson (apesar que não gosto), mas acabei descobrindo a Floria por um clipe que eu simplemente adoro, que é o Figther. Comentáro aleatório: Imagina um parceria dela com o Tim Burton? *-*

Nathalia Vianna disse...

Megalomaniac e Fighter são clipes belíssimos! Sou muito fã do trabalho dela. Detalhista, obscura, porém de uma beleza ímpar.

Resumindo: Floria arrasa.

Unknown disse...

Floria é a minha diretora favorita.

Correção alarmante: o correto é "Marilyn Manson", e não "Marylin Manson".

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